terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Ainda me hão-de um dia dar razão

Sou um dos portugueses que nunca gostei do actual Presidente.
Atrever-me-ia a dizer que nunca gostarei dele, mas essa é uma afirmação perigosa. Um dia posso odiá-lo.
Vem esta conversa a propósito de uma eventual tentativa desse senhor de obrigar a futura lei do aborto a conter artigos que obriguem uma mulher que queira abortar a frequentar uma consulta de aconselhamento.
Dizem que daí não virá mal ao mundo? Então ponham-se no lugar dela.
E se seguirem o processo alemão, onde até representantes das confissões (adoro este termo) religiosas estão obrigatoriamente presentes? Lindo. Continuaremos reis do aborto clandestino.
Foram vinte por cento de diferença e mesmo que os sete que faltaram para os cinquenta votassem todos no não, mesmo assim não ganhavam.
Por mim, abstencionistas são isso mesmo: quem se demite de se pronunciar. Desta vez até era simples: sim ou não. Portanto não contam. Tal como os votos em branco e nulos.
Custa muito ouvir quem vota?

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