sábado, 24 de fevereiro de 2007

Enterrado vivo aos 65

Não seria estranho se vos enterrassem vivos quando chegassem aos sessenta e cinco? Se isso fosse obrigatório para toda a gente? Depois da festa do vosso sexagésimo quinto aniversário vinham buscar-vos e atiravam-vos para uma vala comum com outras pessoas da vossa idade, todas as prendas que receberam e enterravam-vos vivos. Não seria esquisito? Ainda bem que não fazem isso. Seria mesmo esquisito!
Mas, mais cedo ou mais tarde, vamos ter de começar a fazer qualquer coisa deste género. Seremos obrigados. Já não conseguimos tomar conta dos velhos e vai haver muitos milhões deles. Os avanços na medicina são uma espada de dois gumes porque uma das consequências é que ficamos com velhos a mais. O que fazemos com eles? Ninguém quer tomar conta deles. Os filhos metem-nos em lares. Até as pessoas que são pagas para tomar conta deles nos lares se estão nas tintas e tratam-nos mal. Ninguém se importa. Estou convicto de que, mais cedo ou mais tarde, vamos ter de começar a matar os velhos antes que se tornem um fardo insuportável. Mas há uma coisa boa. Vamos poupar montes de dinheiro na Segurança Social e talvez o país não vá à falência.
Há sempre um lado positivo em tudo.

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