Chegou este mês o fatídico momento em que todos começamos a fazer contas e, invariavelmente, acabamos a roer os coutos dos lápis ou das canetas, de tão desesperados que ficamos.
Podemos bem associar este thriller a uma história onde, num acto de profunda repressão, um grupo de fanáticos cria uma máquina infernal que hipnotiza simultaneamente dez milhões de pessoas e leva-as a cometer todos os anos entre Fevereiro e Abril um hara-kiri e entregar numa repartição de finanças um nefasto monte de papéis, protagonizado por Peixeira da Silva, como maquiavélico ministro da tutela, Josefe Socráten, como chefe do maquiavélico ministro, Toni Costen como colega do maquiavélico ministro, Tino de Rans como ex-presidente da junta, Santala Nopes como antecessor do chefe do maquiavélico ministro. Esta grandiosa produção nacional conta com dez milhões de portugueses como figurantes, e tem comentários de Luís Delgado, Eduardo Prado Coelho e Pacheco Pereira, disponível, desde já, em todos os lares do país…
Por acaso já repararam que o Pacheco Pereira até é parecido com os cartunes do Maomé?
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