quinta-feira, 1 de junho de 2006

Perdas


Andamos sempre a perder coisas: chaves, comboio, dinheiro, amigos, familiares, juízo, mulheres sei lá, montes de merdas. Apesar de estarem todas seguidas, estas coisas têm importâncias diferentes e não pela ordem em que estão.
O que fazemos quando perdemos qualquer coisa? Tentamos recuperá-la? Nem sempre. Esquecemos a sua existência? Muitas vezes. Sobretudo se a vontade de a perder já existia.
Mas uma das piores perdas, não falando da morte, é a perda de confiança. E é tão fácil perdê-la. Primeiro, perdêmo-la em nós. Se alguma vez a tivemos, claro. A seguir os outros deixam de ter confiança em nós. É simples, se nos olhamos ao espelho e não vemos nada de jeito, porque é que os outros hão-de ver?
Agora imaginem que o vosso ego é elevado, mas mesmo assim, postos em confronto com outras pessoas que são garantidamente piores que vocês, meus amigos, os avaliadores não vos escolhem. Que fazer?
Como com quase todos os problemas existênciais, a solução não é única. Primeira: mantêm a vossa postura. Submetem-se a nova avaliação e... perdem outra vez. Garantidamente.
Segunda: Tentam ser piores, baixam o nível, deixam-se de intelectualidades e passam a comprar o 24 horas, dizem mal dos outros todos porque a culpa nunca é vossa e... sobem ao poder.
A que propósito vem isto? De nada. De quase nada. Mas garanto que vou por em prática a segunda hipótese e, daqui a uns tempos voltamos a falar!

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