domingo, 31 de dezembro de 2006

Porquê R.I.R. em 2007?

Todos os movimentos têm razão de existir, senão tudo era estático, plástico e nada natural… conhecem a Tônia Carrero? È precisamente isso que estava a dizer… Bom, então porquê R.I.R.? Não seria melhor P.A.R.A.D.O.? Para quê? Continuar angustiado com as valentes surpresas com que este governo nos presenteou ao longo do ano? Ah, e o que eu gosto mais é quando me dizem, ah e tal, não vamos ter que ir visitar aquela tia muito velha e muito surda e quando dou por mim, estou aos gritos a dizer-lhe que há mais de 15 anos que acabei a escola e que até já possuo uma alegra e farta cabeleira com vários tufos de cabelos grisalhos e que até já competem com a meia dúzia de cabelos que ainda povoam o deserto capilar que esconde com primor, com um magnífico lenço de seda preto, que ostenta desde o falecimento do marido, há 300 anos.
Mas os cabelos brancos não são por ter de gritar aos ouvidos dessa velha tia, são pelos constantes traumas que vou vivendo. Diziam-me há uns anos, quando casei, não sei quê e vais ver que ficas mais gordo e cheio de cabelos brancos! Ora porra, isso sabia eu!!! Pensavam o quê? Que um gajo quando ía ficando mais velho, multiplicava os folículos capilares, que se iam tornando sempre e cada vez mais alourados e que o pneu da cerveja desaparecia? Engraçado…
O que eu nunca imaginei é que ía perder a barriga pela contenção constante (e não é contenção intestinal ou bexigal, é mesmo orçamental) a que nos vemos obrigados e que os cabelos brancos apareceriam mais cedo por ver que a justiça por cá trabalha bem, que a fome desapareceu, o desemprego já não existe, graças ao simplex e outras estratégias desenvolvidas pelo engenheiro, que tornaram Portugal extremamente competitivo e com uma pujança económica que se tornou alvo de inveja de todos os outros países de uma Europa de… eh pá, já são tantos que eu não sei bem quantos países são… Os meus cabelos brancos não são deste fulgor, antes resultam da minha incapacidade de acompanhar o país a esta velocidade vertiginosa!
Aliás, tenho pena que o D.G. dos Impostos não tenha aceite o prémio de quase 90 mil euros. Não sei para quem reverterá e a ele era, seguramente, bem entregue pelo excelente trabalho que tem feito. Pena é que só haja, a meu ver, mais dois tipos verdadeiramente inteligentes a trabalhar para bem do país, e que como devem imaginar, um deles é o brasileiro que pôs a TAP a dar lucro, ao fim de quase 100 anos de prejuízos contínuos (e ainda queriam que ele saísse para lá ficar o outro gajo, aquele da expo, acho que é um tal de Cardoso e cunha, ou como diz o meu sobrinho, ranhoso com cunha); o outro está a desenvolver um trabalho a prazo na segurança social, à semelhança do D.G.I., mas não me lembro do nome do moço, sei que ainda é um gajo novo, que qualquer dia é queimado e colocado no quadro de excedentários, para não fazer barulho…
Se fosse eu a receber o prémio dos quase 90 mil euros, fazia uma coisa: oferecia ao primeiro-ministro uma rinoplastia! A sério, ainda só não decidi que tipo de rinoplastia seria, se para ficar igual aos senhores da Operação Nariz Vermelho, que alegram as crianças internadas nos hospitais, e entreter paraece que é a única coisa que ele sabe fazer… e mal, se me permitem uma opinião, corroborada por milhares de funcionários públicos deste país… ou então para ficar parecido com o filho do Gepeto, aquilino e comprido, porque, infelizmente, não se têm comprovado as afirmações que tem feito ao longo dos últimos dois anos (ou será que é há mais tempo?) Maldito alzheimer…
Ah, mas vocês querem saber o que é R.I.R.!!! Ao contrário do P.A.R.A.D.O. (Partido dos Analistas da Retórica Aposta por Deputados e Outros que tais) R.I.R. é muito mais além, é um movimento com vista à reposição do bem-estar psicológico.
R.I.R. simboliza os Rezingões Interventivos Reunidos, que pretendem devolver a boa disposição a todos, altos, baixos, magros, gordos, mulheres, homes, 3ª via, de esquerda, direita, ao centro e para dentro.
Vamos ver o que isto dá!E para todos, votos que em 2007 possamos todos R.I.R. um bocadinho mais!

1 comentário:

xistosa, josé torres disse...

NESTE PAÍS DE MISÉRIA,(não produz o que come)
ONDE GOVERNA O "TUDO NOVO",
AINDA HÁ QUEM FAÇA VERSOS.
GRANDE POETA É O POVO !