sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Doenças

Nesta altura de mudança de estação (e de alguma depressão psíquica, convenhamos) fala-se muito em doenças: gripes, cancros, democracia, sei lá, está tudo doente.
Cada vez existem mais doenças curáveis. Basta ver a esperança de vida a aumentar (e dar cabo das contas da segurança social) para constatarmos esse facto. Sim, não acredito que deus tenha olhado para os homens com um ar benevolente e tenha dito (se é que ele fala): "merecem mais uns anitos de vida. Ó S. Pedro trata lá disso."
Voltando às doenças. O que fazemos quando temos uma? Se não quisermos faltar muito tempo ao trabalho, o melhor é tratarmo-nos.
Então o que fazer à democracia, à educação, à saúde, aos caminhos de ferro e a tudo o que está, aparentemente doente? Injecções, antibióticos e outras coisas assim.
Acho eu.
Mas como saber qual é a doença? Pois, estão a ver a coisa.
Meios de diagnóstico. Caríssimos.
Inspecções. Ninguém gosta. FDPs.
E que tal a democracia? Está doente? Então reanimem-na. Não a queiram pôr ainda mais doente criticando os que arriscam divulgar o que está mal (elogiar o que está bem em Portugal soa sempre a graxa).
Será que temos todos de voltar a estar calados porque se dizemos alguma coisa ainda estamos a pôr a coisa mais doente?
OK. Deixa-se morrer.

2 comentários:

Ricardo disse...

a nossa democracia está com uma doença incuravel.
não há sequer diagnostico possivel.
quanto mais se escava, mais merda se encontra.
So la vai, destruindo-a e reconstruindo-a de novo.
Um dia destes faço um projecto!
Abraço

Ricardo disse...

Tenho que partilhar convosco este momento raro em plena linha do norte
http://chavedespedro.blogspot.com/2006/10/regresso-ao-passado.html
Abraço